domingo, 6 de junho de 2010

Espalho sorrisos como quem quer chão,

Aterriso quando vejo refletido nos olhos de outrem

minhas asas descansadas, leves.

Quero remanso, quero colo e lentidão.

Estou pronta pra ficar nua,

ver meu coração vidro espatifado no colchão.

Mas não quero ser saída, resposta e exatidão.

Nada de promessas de perfeito encontro

Nada de cópias de cinema pipoca.

Nada de trilha sonora de rima fácil.

Desprezo a crenças em almas fadadas a união.

Quero o que alguns chamam de tédio,

outros de calmaria.

Eu chamo desafio.

Sim, quero um amor brisa,

que não cure feridas,

mas saiba onde se esconde

o que ainda me impressiona.