sexta-feira, 24 de julho de 2009

Ah, esse novo amor tem gosto de eterno.
Foi só deslumbramento ao descobrir um pouco rosa, meu destino.
Ele me leva às lágrimas e me faz sorrir de modo inédito.
É uma sensação impar de contentamento em meio ao ócio.
A insônia não é desespero, momento precioso para conversar com o que dentro de mim cresce.
Tenho um pouco de medo, mas um tantão de alegria.
Tenho um pouco de dor, mas infinita esperança.
Meu dia só quer encontrar o momento em que posso ouvir nosso futuro.
Meu dia só quer a paz de nosso presente.

terça-feira, 14 de julho de 2009

O que me tira o sono?
São essas palavras guardadas no fundo da garganta querendo virar grito.
Elas estão aprisionadas numa cela desgastada pelo tempo.
Presas as palavras ecoam pela cabeça que lateja.
Se elas forçassem as grades do medo, poderiam me libertar de ontem.
Quando aprendi que o silêncio é o segredo para viver em paz?
Quando aprendi a ser melhor porque sou cautelosa?
Queria ser possuída por outro tom!
Queria quebrar as garrafas que me foram lançadas mar adentro de mim, displicentes.
Queria romper o pacto de enganar meu coração com excesso de delicadeza.
Hoje estou ácida.
Nenhum ácido,
pode curar essa azia,
Esse enjoô de tudo que cheira a covardia.
Essa cólica de medo que ameaça a vida.
Pés frios de melancolia,
exigem meias de nostalgia.
Mas o sono que de dia me inebria,
a noite se despede e leva a fantasia.