Escrevo pequenos poemas que escorrem das minhas noites insones. São autobiográficos? Não e sim. Poemas simples, de quem precisa da escrita como precisa de ar. Por que escrevê-los num blog? Porque preciso de amigos, amigos-estranhos e de estranhos, penetrando no texto com observações impertinentes. Posso me arrepender disto? Posso. Mas como sou estupidamente apaixonada pela vida perigosa de todos os dias, vou começar..
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Ela está aqui
Sou grata ao destino.
Por me trazer essa amplidão.
o que importa é cuidar do que cresce.
Hoje, a vida se alarga feito um rio.
Se engrandece de urgência.
Urge aquecer o ninho.
Urge colocar as meias no bebê.
Sou grata ao destino
Por me trazer essa beleza.
E esquentar meu coração.
Nada mais sério do que arrumar o berço.
E fazer do meu peito aconchego.
Sou grata ao destino.
Por me exceder em delicadezas.
A vida me presenteia com caixinhas de música,
guizos e chocalhos.
Sou o som de todos eles namorando o instante.
Sou grata ao destino
Por me adicionar brinquedinhos,
meu corpo: balanço, pião, fantoche e pianinho.
Sou grata ao destino.
Por desconfiar do que eu chamava felicidade
Alegria são as mãozinhas dessa menina,
inventado danças na minha rotina.
Música são seus gritos experimentando a língua.
Hoje, sou só esperança e pouco pé no chão.
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