terça-feira, 1 de março de 2011

tomate cereja

Recolhia nos campos de minha infância
um punhado de vermelhas emoções
eram tesouros brotando alegria
na simplicidade verde de minhas manhãs

Encontrar o cereja no terreno
de baldio sentimento
era atrasar o relógio
e permanecer criança

De saias, fazia bolsa
cortando pernas com urtigas invejosas
para catar demoradamente
o que eram para mim menina; jóias.

Hoje, como pronto com azeite fino
o que antes era caro
hoje, só a lembrança
faz do insignificante tomatinho
fruto raro.


Um comentário:

Rosely disse...

Amiga,
Fofa demais essa poesia.
Adorei.