Dia de festa na escola, as professoras improvisaram um baile de carnaval. Crianças dançam frevo, samba, pagode e marchinhas, jogando confetes e serpentinas uns nos outros. É possível ver bailarinas, palhaços, pierrôs, índios, odaliscas, piratas, super heróis, correndo e brincando pelo salão. Mas num cantinho de uma das salas, Sabrina, observa de longe a farra das crianças, observa as meninas colocando sapatilhas, meninos brincando de ser monstros com suas máscaras, professoras improvisando fantasias para às crianças que não trouxeram. Sabrina encolhe-se na cadeira, parece não existir, nem destoa da alegria dos meninos, Sabrina esta invisível. Até que uma das educadoras percebe a menina e vai encontra-la na insistência para que ela fosse brincar, vestir uma fantasia, jogar confetes. A menina trancada em seus pensamentos diz apenas que não pode brincar, mas seu corpo desobediente parece inquieto, parece querer saltar da cadeira e ir para o pátio. A professora insiste e oferece uma fantasia, ela olha com olhinhos brilhantes a fantasia de bailarina, a saia de filó, o collant rosa bordado de miçangas. Sabrina diz que não pode brincar de fantasia, de carnaval, sua mãe lhe alertou que aquilo era coisa do Diabo. A professora insistiu disse que não, que Deus estava ali na brincadeira, na diversão, na alegria. Sabrina cortou a explicação da professora e disse de forma inusitada:
- Anota aí, o número 2 717 XXXX
A professora não entendeu nada, e perguntou:
- Que número é esse Sabrina? Porque você tá mandando eu anotar um número?
- Ah, liga para minha mãe e fala isso tudo. Ela vai te explicar porque carnaval é do Diabo.
3 comentários:
Quero mais, quero mais!!!
Fernanda! Q saudade!!! Parabéns pelo trabalho! Seu blog esdtá mt bom! Não sei se lembra de mim fui sua aluna na UFRJ, Karen, acho que foi em 2004. Mande notícias!!!
Bju
Queridas,
Saudade de vcs!!!
Apareçam sempre!!
Beijinhos mil
Nanda
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