Como ter medo se seus olhos são janelas promessas?
Como ter medo se uma menina dança levada no meu peito quando você está por perto?
Como ter medo se seu nome repetido ao léu no vazio do meu quarto, preenche de poemas meus sonhos comuns?
Como ter medo se seu sorriso é um prato farto para tudo que em mim insiste em ser terno?
Como ter medo se hoje o silêncio não é mais desperdício é um ninho de lembranças quentes de nós?
Como ter medo se minha vida se misturou a sua de forma nua, crua e inteira?
Como ter medo se sua ousadia menina despertou o que em mim buscava pureza?
É esse exagero que me fez perder o medo.
Sei que hoje posso de novo flertar com o improvável
e cometer inevitáveis desatinos.
Seu reflexo não mais me apavora.
Escrevo pequenos poemas que escorrem das minhas noites insones. São autobiográficos? Não e sim. Poemas simples, de quem precisa da escrita como precisa de ar. Por que escrevê-los num blog? Porque preciso de amigos, amigos-estranhos e de estranhos, penetrando no texto com observações impertinentes. Posso me arrepender disto? Posso. Mas como sou estupidamente apaixonada pela vida perigosa de todos os dias, vou começar..
quinta-feira, 26 de março de 2009
terça-feira, 17 de março de 2009
Sei amar,
sem medida,
sem esforço,
sem cautela.
Mas de repente
esqueci como se faz.
Sei amar,
com delicadeza,
com precisão,
com cuidado.
Mas de repente esqueci
como se faz.
Sei amar
sem censura,
com loucura,
sem pudor.
Mas de repente
esqueci como se faz.
Sei amar
como menina travessa,
como mulher guerreira
como sabia anciã.
Mas de repente
esqueci como se faz.
Sei amar
assim gostosinho,
assim bonitinho
cheia de gozo
e carinho.
Mas de repente
esqueci como se faz.
Sei amar indecente como puta,
prudente como santa,
desavisada como tola,
leve como fada.
Mas de repente
esqueci como se faz.
Me ensina a lembrar do que esqueci?
Me ensina a amar de novo?
sem medida,
sem esforço,
sem cautela.
Mas de repente
esqueci como se faz.
Sei amar,
com delicadeza,
com precisão,
com cuidado.
Mas de repente esqueci
como se faz.
Sei amar
sem censura,
com loucura,
sem pudor.
Mas de repente
esqueci como se faz.
Sei amar
como menina travessa,
como mulher guerreira
como sabia anciã.
Mas de repente
esqueci como se faz.
Sei amar
assim gostosinho,
assim bonitinho
cheia de gozo
e carinho.
Mas de repente
esqueci como se faz.
Sei amar indecente como puta,
prudente como santa,
desavisada como tola,
leve como fada.
Mas de repente
esqueci como se faz.
Me ensina a lembrar do que esqueci?
Me ensina a amar de novo?
Quando esse medo passar
Quero pintar promessas janelas
que afirmem o horizonte.
Quando esse medo passar
quero me ameninar, colocando o vento
na cara para rimar alivio.
Quando esse medo passar
quero esticar o tempo
com inuteis gargalhadas cumplices.
Quando esse medo passar
quero uma cena de cinema
repetindo o beijo do amante novo, sem parar.
Quando esse medo passar
Quero ser silêncio para me afeiçoar as estrelas.
Quando esse medo passar
terei meu corpo raptado
pelo excesso.
Quando esse medo passar
poderei dar as mãos ao menino.
Poderei de novo flertar com o improvável
e cometer doces desatinos.
quinta-feira, 12 de março de 2009
segunda-feira, 9 de março de 2009
Fogos de artifícios combatem meu silêncio preguiçoso.
Insistem explodir meu tédio e inventar companhias.
Desajustadas são essas cores? Prefiro cinzas calmarias?
Não sei onde mora a ousadia num coração que aprendeu a duvidar.
Insistem explodir meu tédio e inventar companhias.
Desajustadas são essas cores? Prefiro cinzas calmarias?
Não sei onde mora a ousadia num coração que aprendeu a duvidar.
segunda-feira, 2 de março de 2009
Encontro
Um moinho de flores selvagens espalha perfumes e cores no que era chão.
Encarno rosas e vermelhos como benção.
Cada pétala é uma promessa.
Recolho todas e faço um banho de descarrego.
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