quinta-feira, 26 de março de 2009

Em construção

Como ter medo se seus olhos são janelas promessas?
Como ter medo se uma menina dança levada no meu peito quando você está por perto?
Como ter medo se seu nome repetido ao léu no vazio do meu quarto, preenche de poemas meus sonhos comuns?
Como ter medo se seu sorriso é um prato farto para tudo que em mim insiste em ser terno?
Como ter medo se hoje o silêncio não é mais desperdício é um ninho de lembranças quentes de nós?
Como ter medo se minha vida se misturou a sua de forma nua, crua e inteira?
Como ter medo se sua ousadia menina despertou o que em mim buscava pureza?
É esse exagero que me fez perder o medo.
Sei que hoje posso de novo flertar com o improvável
e cometer inevitáveis desatinos.
Seu reflexo não mais me apavora.

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