Escrevo pequenos poemas que escorrem das minhas noites insones. São autobiográficos? Não e sim. Poemas simples, de quem precisa da escrita como precisa de ar. Por que escrevê-los num blog? Porque preciso de amigos, amigos-estranhos e de estranhos, penetrando no texto com observações impertinentes. Posso me arrepender disto? Posso. Mas como sou estupidamente apaixonada pela vida perigosa de todos os dias, vou começar..
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Minhas saias asas,
Me levam até você.
Sinto cheiro de corpo,
Se aproximar do meu pedaço.
É quase um vento que sopra,
É quase experimentar um barato.
Sua mão descabela meu cansaço.
Incendeia meu vocabulário.
Nele, tudo que for indecente,
Tem seu lugar.
Nada escandaliza,
Tudo compõe.
Ouso flor vermelha no decote,
Laçarotes e exageros.
Tudo casado com o batom,
Despretensiosamente.
Esse vento bom,
Bate a porta,
Para tudo que for ontem.
Agora,
suspiros interrompem meu cinema.
Nosso banho, quase cena.
Só esse olhar de fera me guia.
Deixa-me torta,
Tonta e destemida.
Suspeito que visitas
Cabem no meu vestidinho rosa chá.
Então, as dores são esquecidas,
Como um bêbado ao desprezar o corte.
Danço valsa com os pés cortados.
E não dói.
Minha roupa foi tirada,
E não sinto frio.
Minha pele foi trocada,
Sinto um arrepio.
Sou bicho novo,
quase outro e sem freio.
LETRAS INSONES
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