domingo, 31 de agosto de 2008

PASSARINHOS..

UMA NOITE, UMA CONVERSA, UM GESTO DE AFETO, SÃO SUFICIENTES PARA FAZER REVOAR PASSARINHOS ADORMECIDOS, RECOLHIDOS NO PEITO? E TODOS SE DEBATEREM TONTOS E SAIREM COMO POESIA PELA GARGANTA AINDA SECA PELA ASPEREZA DOS ÚLTIMOS DIAS? OS PASSARINHOS COMEÇAM A FAZER CÓCEGAS NO MEU PESCOÇO, AMBICIONAM VIRAR OUTRA COISA, E SAIR POR AÍ DESPERTANDO CINEMA NA PAISAGEM INERTE, MORTA. O QUE FAÇO COM ESSES SERES BARULHENTOS, ESSES SERES SEM MEMÓRIA, ÁVIDOS PELO VÔO? O QUE FAÇO COM ESSES SERES FEITOS DE ESPERANÇA, COMPROMETIDOS COM A POTÊNCIA? QUERO ANESTESIÁ-LOS, NÃO CONSIGO. MAS TEMO ABRIR A GAIOLA, E PELOS INCONVENIENTES PÁSSAROS SER DE NOVO, ARRASTADA.

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