Você pousou seus passarinhos na minha janela.
Voamos raso, voamos fundo, voamos muito.
Escrevo pequenos poemas que escorrem das minhas noites insones. São autobiográficos? Não e sim. Poemas simples, de quem precisa da escrita como precisa de ar. Por que escrevê-los num blog? Porque preciso de amigos, amigos-estranhos e de estranhos, penetrando no texto com observações impertinentes. Posso me arrepender disto? Posso. Mas como sou estupidamente apaixonada pela vida perigosa de todos os dias, vou começar..
Na casa do meu amigo tem mosquiteiro,
na sombra fresca do chápeu do meu amigo,
Não sei, mas faço isso com gosto.
Ele sabe meus segredos e desconfia de minha sorte,
Na sua companhia não sinto sede de vida, ou temo a morte.
Esse amor de amigo é um pote de mel para eu devorar.
Sozinha, inocente e devagar.