Escrevo pequenos poemas que escorrem das minhas noites insones. São autobiográficos? Não e sim. Poemas simples, de quem precisa da escrita como precisa de ar. Por que escrevê-los num blog? Porque preciso de amigos, amigos-estranhos e de estranhos, penetrando no texto com observações impertinentes. Posso me arrepender disto? Posso. Mas como sou estupidamente apaixonada pela vida perigosa de todos os dias, vou começar..
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
O beijo - em construção
Olho para ela até cansar. Ela é linda, ensolarada. Sua entrega cura meu desespero. Sinto toleráveis calafrios, nada que me tire o sono. Ao contrário, vou adormecendo acalentada pela imagem.É como se ela, a moça do quadro, sentisse o que preciso sentir e não consigo mais. Fico feliz por ela. Não tenho inveja de como ela se desmancha nos braços do ser amado. Não tenho vontade de roubar-lhe o brilho. Olho admirada o que já fui. Acho comovente como ela se inclina e permite ser profundamente tocada. De leve, de fato. Hoje, poucos são profundamente tocados. Ficamos sós, nós três. Eu, ela e seu homem. Dividimos nossos segredos. Dividimos nossas molduras. Fito nesse espelho, o que ainda resta em mim, mas vai embora aos poucos sem encontrar resistência...
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