domingo, 24 de maio de 2009

Sinto na boca um gosto de céu,
Estrelinhas, lua e sol dançam nessa caverninha.
Parece que vou inventar um novo poema
Ele rima delicadeza com precisão.
Sinto uma esperança criança nascer
do inevitável passar dos dias.
Ela me comove.
Ela grita desesperada querendo calor.
Ela nasce de uma vontade de ver o horizonte.
Ai, como sou afeita as coisas chãs!
Ambiciono a beleza das pedrinhas, borboletas, brisas e dormideiras.
Todas elas fazem o meu relicário.
Mas hoje, preciso me embriagar de paisagens que me espantem
Preciso sentir na pele o arrepio de quem olha o rio e não vê
A outra margem.
Preciso tingir de absurdo o que se chama cansaço.

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